terça-feira, 4 de setembro de 2012

Queen



O Queen é, sem dúvida, um fenômeno do rock. Não só do rock, como de toda a história da música. Mesmo antes da trágica morte do líder vocalista Freddie Mercury, em novembro de 1991, o grupo já era reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Através da mistura de elementos do pop, rock, glam, electro, funk, ópera, e até memso rockabilly, eles quebraram todas as barreiras estilísticas da música, mantendo-se a frente das tendências de momento, sem tornar-se vítima da moda e mesmo com a quase total falta de cobertura da imprensa musical, seus lançamentos venderam em número cada vez maior. A história do Queen começa com Smile, uma banda de rock desconhecida do início dos anos setenta, formada por dois estudantes de ciência, Brian May e Roger Taylor. "Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito", Brian nos conta. Brian começou com a guitarra que toca até hoje. O som diferenciado é devido à sua guitarra inusitada, ser construída de madeira do século 19, com ajuda de seu pai. Esta reciclagem surpreendente permitiu a criação de uma infinidade de tons, e Brian inovou ainda mais pelo uso de uma moeda antiga de prata em lugar da palheta de plástico comumente usada pelos outros guitarristas. Houve alguns grupos anteriores ao Smile, mas como Brian disse, "Nenhum desses grupos chegaram em algum lugar porque nós nunca tocamos para valer". O encontro com Roger fez tudo mudar. "Ele era o melhor baterista que eu já tinha visto", Brian admitiu. Roger Taylor cresceu em Truro, Cornwall, e descobriu suas ambições musicais na juventude, primeiro como guitarrista, e mais tarde como baterista, apesar da desaprovação dos pais. Mas o estrelato exigiria sacrifícios. No verão de 1969, Brian trabalhava como professor de matemática, enquanto Roger vendia roupas de segunda-mão. Segundo Brian, eles sabiam que o Smile não chegaria a lugar nenhum, pois sem um disco próprio, acabavam caindo no esquecimento, mesmo entre as pessoas que apreciavam as apresentações. Ainda assim, Brian acredita que o grupo estava além de seu tempo. "Existem fitas do Smile que possuem as mesmas estruturas gerais do nosso trabalho atual". Já a entrada de Tim Staffel no grupo foi curiosa. Ele veio para substituir o vocalista, e também para ser o baixista, embora o instrumento de sua preferência fosse o piano. Morava a poucos metros de distância de Brian May, desde que se mudara para a Inglaterra em 1959, mas só foram se conhecer quase dez anos depois. A cena se abre então para Frederick Bulsara, nascido em Zanzibar (parte atual da Tanzânia). Diplomado em arte e design pela mesma escola onde passaram Ron Wood (Rolling Stones) e Pete Townshend (The Who), ele já havia participado de grupos com nomes extravagantes que não deram em nada, mas que aumentaram seu apetite pelo mundo do rock, a ponto de mudar seu nome para Freddie Mercury. Na época em que se envolveu com o Smile, ele estava trabalhando com Roger num stand de roupas usadas no Kensington Market em Londres. "Freddie sempre pareceu um astro e agia como um, mesmo quando não tinha um tostão sequer", lembra-se Brian. "Com aquele stand, ele se tornou um dos precursores do glam rock. Quando fomos todos morar juntos, Freddie trazia grandes malas e ia tirando delas algumas peças horríveis de roupas e dizendo: "Olha que roupa linda! Isso vai valer uma fortuna!"" Ainda no Kensington Market, Freddie conheceu Mary Austin, que administrava uma butique lá perto, e os dois viveram juntos por muitos anos. Mesmo quando seu lado gay aflorou, ela continuou sendo sua melhor amiga. "Freddie era amigo de Tim que compareceu a muitas de nossas apresentações, e fez sugestões irrecusáveis. Naquele tempo, ele ainda não havia tentando ser cantor, e nós não sabíamos que ele podia ser. Nós pensávamos que ele fosse só um músico teatral". Freddie acabou sendo muito mais do que isso. "Quando acabamos com o Smile, foi ele que nos fez voltar, disse que éramos capazes, e que teríamos apenas que ensaiar e nos apresentar melhor no palco. E nós voltamos, reciclando algumas músicas do Smile e de um grupo anterior do Freddie". Portanto, três peças do quebra-cabeça já haviam se juntado, mas o quadro ainda estava incompleto. Faltava John Deacon, o sétimo baixista a ser testado pelo grupo. Outro estudante de peso, que havia se graduado com nota máxima em eletrônica, seis meses antes de se juntar ao Queen. "Nós sabíamos que ele era o cara certo", disse Brian mais tarde, "mesmo sendo tão quieto, dificilmente falava com a gente..." O nome Queen foi concebido por Freddie, que o considerava "forte, universal e imediato". E seus talentos artísticos foram logo solicitados para a criação do logotipo do "Q coroado" que apareceria nos discos da banda e se tomaria parte integrante da imagem do grupo. Os signos astrológicos de cada membro foram também incorporados. A ambição corria solta, mas, a curto prazo pelo menos, cobrou seu preço. "Se íamos abandonar nossas carreiras após tanto esforço", dizia Brian, "queríamos conseguir o melhor no campo da música. E nada veio fácil. Para ser sincero, acho que nenhum de nós fazia a menor idéia de que levaríamos três anos para conseguir algum resultado. Não foi nenhum conto de fadas". No ano seguinte, o grupo já tinha material suficiente para gravar nos estúdios De Lane Lea. Foi um acordo inusitado, já que foram como convidados para testar o novo equipamento de gravação a ser usado por clientes em potencial, e portanto não foram cobrados. Os engenheiros de som com quem trabalharam sugeriram a produtora Trident que contratasse o Queen. E deste modo, o álbum foi gravado nos momentos em que o estúdio não estava sendo ocupado por clientes pagantes. E a EMI Records foi encarregada de lançar os discos no mercado. A banda e o produtor passaram os primeiros meses de 1973 gravando este disco que foi entitulado simplesmente "Queen", mas o desapontamento veio logo em seguida, quando o primeiro hit do álbum foi rejeitado cinco vezes pelas rádios. Audaciosamente, a banda voltou aos estúdios para gravar "Queen II" em agosto daquele mesmo ano. "Desta vez tentamos ultrapassar os limites técnicos do estúdio", explicou Brian. "Era um sonho para nós, porque não tivemos esta oportunidade no primeiro disco". Três meses depois, o Queen fez suas primeiras aparições ao vivo em vários lugares da Inglaterra, abrindo os shows do grupo Mott the Hoople.Em março de 1974, o Queen iniciou a sua própria turnê pela Inglaterra. E Freddie já monopolizava as atenções, devido a sua maneira excêntrica de se vestir. Em abril daquele ano, o Queen apareceu pela primeira vez na televisão e causou impacto imediato, levando a música Seven Seas Of Rhye às paradas. O lançamento de Killer Queen em outubro/74 foi um grande marco para a banda. Freddie chegou a ser premiado pela música, que segundo Brian, é a que melhor sintetiza o estilo do grupo, e felizmente apareceu no momento certo". Ela alcançou o segundo posto nas paradas, e confirmou a presença de Queen no cenário musical. "Muita gente pensava que nós éramos uma banda de heavy metal", disse John, "mas Killer Queen mostrou um lado completamente novo do grupo, e nos abriu um maiorespaço, que certamente atingiu a um maior número de pessoas". O disco se chamava Sheer Heart Attack, trazia na capa a banda toda coberta com vaselina e molhada por uma mangueira! "O resultado final," admitiu Freddie, "é uma banda com quatro elementos decididamente bronzeados e esbeltos, e tão ensopados como se tivessem suado a semana inteira!" Logo, porém, eles estariam suando de verdade, excursionando pela Inglaterra pela terceira vez no ano para consolidar seu sucesso natal. A turnê de 1974 provocou um frenesi sem igual dos fãs. Em algumas noites, a banda mal podia deixar o palco. Na Escócia, houve até brigas e feridos na platéia. E nos Estados Unidos foram agendados cinco shows em Nova Iorque. Nesta época, a guitarra sinfônica de Brian e o toque diferente do piano de Freddie já eram marcas registradas da banda. Muitas pessoas acreditavam que eles faziam uso de sintetizadores, mas nos primeiros nove discos nunca houve nem sintetizador nem orquestra, e nem mesmo qualquer outro músico além deles apenas. "Bohemian Rhapsody" colocou-os de vez entre os monstros do rock. Ela levou cerca de três semanas para ser gravada, pois se tratava de três músicas condensadas em uma. Muita gente do showbis duvidava que uma música com sete minutos pudesse chegar às paradas, mas ela emplacou por 17 semanas, no mínimo. Ainda assim, o sucesso nos Estados Unidos demorava para se confirmar, e para piorar, Freddie perdeu a voz no meio da turnê americana. Felizmente, no Japão, as coisas foram diferentes. Cerca de 3000 garotas esperavam por eles aos berros no aeroporto de Tóquio. O quinto álbum, "A Day at the Races" (1975), foi marcado por uma festa memorável num hipódromo, no sul de Londres. Era a primeira vez que o Queen produzia seu próprio disco, e o sucesso de "We Are the Champions" conquistou finalmente os Estados Unidos. O sucesso do disco foi comemorado num concerto para 150.000 fãs, no Hyde Park, em Londres, com entrada franca. Iniciaram assim, uma tradição que foi perpetuada por astros de peso de Pink Floyd a Pavaroti! A imprensa deste período, que se voltava para o punk rock, tentava destronar o Queen de várias formas, mas a resposta do público ainda era impressionante. No palco, as calças de couro de Freddie levantavam insultos da crítica, e ele respondia profeticamente, "Estamos usando apenas nossas próprias armas, e se elas valerem alguma coisa, sobreviveremos". Na turnê de 1978, Freddie aparecia carregado por dois fortões vestidos de Superman, como numa provocação. Ao final dos anos setenta, o Queen procurava uma nova fórmula de sucesso para o rock, e ela finalmente veio com "Crazy Little Thing Called Love", música feita no estilo de Elvis Presley, e a primeira a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos. "Não medimos nossa reputação pelas paradas de sucesso", disse Brian, "mas cada hit que você faz, acaba atraindo um novo tipo de público". No palco, "Crazy" fazia Freddie trocar seu famoso microfone por uma guitarra acústica de 12 cordas, além de trazê-lo com seu novo visual de cabelos curtos E de repente, a crítica voltou a fazer as pazes com o grupo, impressionada ainda mais pela participação da banda num concerto beneficente, em dezembro de 1979, pelo povo de Kampuchea. O disco "The Game" trouxe o sucesso de John Deacon, "Another One Bites the Dust", que abriu um novo mercado para o Queen: as rádios de música negra. O próximo passo foi a trilha sonora de Flash Gordon. Em fevereiro de 1981 foi a vez de uma grande turnê pela América Latina. "Nós estávamos muito nervosos", admitiu Freddie. "Não tínhamos o direito de criar expectativas num lugar totalmente estranho. E acho que eles nunca tinham visto um show tão ambicioso antes". É claro que o sucesso foi estrondoso. E algum tempo depois, nem mesmo a Guerra das Malvinas impedia que o grupo dominasse as paradas argentinas. O concerto deles em São Paulo reuniu o número inacreditável de 251.000 pessoas, imortalizando o grupo nas páginas do Guinness Book.
A primeira coletânea de sucessos da banda ficou mais de três anos nas paradas britânicas! Mas o próximo álbum "Hot Space" não atingiu o sucesso esperado e marcou uma pausa na carreira do Queen - a primeira em doze anos de união. Entretanto, Freddie não
admitia que se falasse em separação. "Eu achava que ficaríamos uns cinco anos juntos, mas agora estamos muito velhos para desistir". Realmente, a pausa aumentou o apetite por novas músicas. E o trabalho lançado em 1984, "The Works", trazia pérolas como Radio Ga Ga, de autoria de Roger, e que fez a banda alcançar um feito inédito todos os quatro elementos do grupo tiveram suas próprias composições no hit parade. Outra música, "I Want to Break Free", trouxe um vídeo audacioso, com toda banda travestida de mulher, e arrancou risadas até de seus fiéis seguidores. Mas nos Estados Unidos, teve o efeito inverso. Enquanto o resto do mundo ria, os americanos se ofendiam. Em outubro de 1984, outra controvérsia surgiu: o grupo tocou oito dias na capital da Africa do Sul, e certamente foi acusado de racismo, devido ao apartheid. Já 1985 iniciou brilhantemente, com dois shows no Rock in Rio, em janeiro, aqui no Brasil. "Primeiramente, fomos à América do Sul como convidados. Mas agora, eu quero comprar o continente inteiro e me tomar presidente", comentou Freddie. O primeiro disco solo de Freddie Mercury chamava-se "Mr. Bad Guy", e era bem diferente do trabalho do Queen. No entanto, não era a música de Freddie que importava para a mídia, e sim sua vida amorosa. Ele já havia admitido publicamente, a exemplo de Elton John, que se sentia atraído por ambos os sexos. Seu relacionamento com Mary Austin, havia se transformado numa forte amizade. E ele admitia que era muito difícil encontrar a companhia ideal. Mas queria continuar tentando. Com relação ao Queen, a participação no concerto "Live Aid" foi motivo de orgulho para a banda. "Foi um daqueles dias em que nos alegramos por fazer parte do showbis. O show aumentou a nossa moral, e nos mostrou a força que tínhamos na Inglaterra". O próprio Bob Geldo, idealizador do concerto, elegeu-os como a melhor banda de todas. A turnê Magic Tour teve que adicionar mais datas para apresentações em Wembley, na Inglaterra, pois os oitenta mil ingressos disponíveis foram vendidos imediatamente, apenas por via postal. Mais tarde veio o sucesso da trilha sonora de Highlander. Além disto, o maior solo de Freddie, "The Great Pretender", atingia as paradas, seguido por "Barcelona" com a cantora de ópera Montserrat Caballé.Em maio de 1989 apareceu o primeiro disco do Queen após 3 anos, "The Miracle", mas Freddie não se dispôs a enfrentar uma turnê. Roger rapidamente reagiu aos comentários sobre o estado de saúde de Freddie. "Que nada! Freddie está mais saudável do que nunca". Entretanto, Freddie quase não saía mais de sua mansão em Londres. Em fevereiro de 1990, a indústria fonográfica britânica os premiou pela sua importante contribuição para o mundo musical, mas os jornalistas só se preocupavam com a aparência pálida de Freddie. Brian o defendeu: "Ele está bem e não tem AIDS, mas eu acho que o estilo pesado do rock o derrubou. Ele precisa apenas descansar. Em 1991, surge o álbum "lnnuendo", alcançando o primeiro lugar nas paradas, mas os rumores sobre a saúde de Freddie eram maiores do que nunca. Finalmente, em 23 de novembro de 91, uma curta declaração confirmou o pior. "Seguindo as enormes conjecturas da imprensa, quero confirmar que sou soro positivo e portanto tenho AIDS. Achei correto manter esta informação oculta para proteger a privacidade dos que me rodeiam. Entretanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade, e eu espero que todos, juntamente com meus médicos, lutem contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito importante para mim, e eu sou famoso por não dar entrevistas. Por favor, entendam que esta política continuará". No dia seguinte, Freddie morreu. A banda logo fez questão de anunciar que sem Freddie Mercury o Queen não poderia sobreviver. "Não há sentido em continuar. E impossível substituir Freddie. Estamos terrivelmente abalados com sua ida, mas muito orgulhosos do modo corajoso com que ele viveu e morreu. Foi um privilégio dividir com ele momentos tão mágicos". Em abril de 1992, um concerto em homenagem ao mestre dos palcos de todos o tempos foi realizado em Londres, no Wembley Stadium. Vários astros compareceram. De Elton John a Guns N' Roses, Def Leppard a Liza Minelli, todos vieram se despedir de Freddie. De todas as homenagens do dia, a de Axl Rose foi a mais tocante. "Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddie Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida". Os 75 mil ingressos para o show venderam em seis horas. "Para muitos fãs", disse Roger Taylor, "este show substituiu o tradicional velório. Foi o modo de todos dizerem adeus". O relançamento de Bohemian Rhapsody não foi o último modo de comemorar a vida de Freddie. Brian May também deixou de lado sua guitarra e sentou-se ao piano para tocar uma nova música chamada "Too Much Love Will Kill You". E um álbum duplo da última turnê da banda em 1986 foi lançado, lembrando o que o mundo havia perdido. Mas é claro que enquanto a voz de Freddie continuar ecoando nas músicas do Queen, ele e também nós seremos sempre campeões, como ele já previa em We Are the Champions. O Queen é, sem dúvida, um fenômeno do rock. Não só do rock, como de toda a história da música. Mesmo antes da trágica morte do líder vocalista Freddie Mercury, em novembro de 1991, o grupo já era reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Através da mistura de elementos do pop, rock, glam, electro, funk, ópera, e até memso rockabilly, eles quebraram todas as barreiras estilísticas da música, mantendo-se a frente das tendências de momento, sem tornar-se vítima da moda e mesmo com a quase total falta de cobertura da imprensa musical, seus lançamentos venderam em número cada vez maior. A história do Queen começa com Smile, uma banda de rock desconhecida do início dos anos setenta, formada por dois estudantes de ciência, Brian May e Roger Taylor. "Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito", Brian nos conta. Brian começou com a guitarra que toca até hoje. O som diferenciado é devido à sua guitarra inusitada, ser construída de madeira do século 19, com ajuda de seu pai. Esta reciclagem surpreendente permitiu a criação de uma infinidade de tons, e Brian inovou ainda mais pelo uso de uma moeda antiga de prata em lugar da palheta de plástico comumente usada pelos outros guitarristas. Houve alguns grupos anteriores ao Srnile, mas como Brian disse, "Nenhum desses grupos chegaram em algum lugar porque nós nunca tocamos para valer". O encontro com Roger fez tudo mudar. "Ele era o melhor baterista que eu já tinha visto", Brian admitiu. Roger Taylor cresceu em Truro, Cornwall, e descobriu suas ambições musicais na juventude, primeiro como guitarrista, e mais tarde como baterista, apesar da desaprovação dos pais. Mas o estrelato exigiria sacrifícios. No verão de 1969, Brian trabalhava como professor de matemática, enquanto Roger vendia roupas de segunda-mão. Segundo Brian, eles sabiam que o Smile não chegaria a lugar nenhum, pois sem um disco próprio, acabavam caindo no esquecimento, mesmo entre as pessoas que apreciavam as apresentações. Ainda assim, Brian acredita que o grupo estava além de seu tempo. "Existem fitas do Smile que possuem as mesmas estruturas gerais do nosso trabalho atual". Já a entrada de Tim Staffel no grupo foi curiosa. Ele veio para substituir o vocalista, e também para ser o baixista, embora o instrumento de sua preferência fosse o piano. Morava a poucos metros de distância de Brian May, desde que se mudara para a Inglaterra em 1959, mas só foram se conhecer quase dez anos depois. A cena se abre então para Frederick Bulsara, nascido em Zanzibar (parte atual da Tanzânia). Diplomado em arte e design pela mesma escola onde passaram Ron Wood (Rolling Stones) e Pete Townshend (The Who), ele já havia participado de grupos com nomes extravagantes que não deram em nada, mas que aumentaram seu apetite pelo mundo do rock, a ponto de mudar seu nome para Freddie Mercurv. Na época em que se envolveu com o Smile, ele estava trabalhando com Roger num stand de roupas usadas no Kensington Market em Londres. "Freddie sempre pareceu um astro e agia como um, mesmo quando não tinha um tostão sequer", lembra-se Brian. "Com aquele stand, ele se tornou um dos precursores do glam rock. Quando fomos todos morar juntos, Freddie trazia grandes malas e ia tirando delas algumas peças horríveis de roupas e dizendo: "Olha que roupa linda! Isso vai valer uma fortuna!"" Ainda no Kensington Market, Freddie conheceu Mary Austin, que administrava uma butique lá perto, e os dois viveram juntos por muitos anos. Mesmo quando seu lado gay aflorou, ela continuou sendo sua melhor amiga. "Freddie era amigo de Tim que compareceu a muitas de nossas apresentações, e fez sugestões irrecusáveis. Naquele tempo, ele ainda não havia tentando ser cantor, e nós não sabíamos que ele podia ser. Nós pensávamos que ele fosse só um músico teatral". Freddie acabou sendo muito mais do que isso. "Quando acabamos com o Smile, foi ele que nos fez voltar, disse que éramos capazes, e que teríamos apenas que ensaiar e nos apresentar melhor no palco. E nós voltamos, reciclando algumas músicas do Smile e de um grupo anterior do Freddie". Portanto, três peças do quebra-cabeça já haviam se juntado, mas o quadro ainda estava incompleto. Faltava John Deacon, o sétimo baixista a ser testado pelo grupo. Outro estudante de peso, que havia se graduado com nota máxima em eletrônica, seis meses antes de se juntar ao Queen. "Nós sabíamos que ele era o cara certo", disse Brian mais tarde, "mesmo sendo tão quieto, dificilmente falava com a gente..." O nome Queen foi concebido por Freddie, que o considerava "forte, universal e imediato". E seus talentos artísticos foram logo solicitados para a criação do logotipo do "Q coroado" que apareceria nos discos da banda e se tomaria parte integrante da imagem do grupo. Os signos astrológicos de cada membro foram também incorporados. A ambição corria solta, mas, a curto prazo pelo menos, cobrou seu preço. "Se íamos abandonar nossas carreiras após tanto esforço", dizia Brian, "queríamos conseguir o melhor no campo da música. E nada veio fácil. Para ser sincero, acho que nenhum de nós fazia a menor idéia de que levaríamos três anos para conseguir algum resultado. Não foi nenhum conto de fadas". No ano seguinte, o grupo já tinha material suficiente para gravar nos estúdios De Lane Lea. Foi um acordo inusitado, já que foram como convidados para testar o novo equipamento de gravação a ser usado por clientes em potencial, e portanto não foram cobrados. Os engenheiros de som com quem trabalharam sugeriram a produtora Trident que contratasse o Queen. E deste modo, o álbum foi gravado nos momentos em que o estúdio não estava sendo ocupado por clientes pagantes. E a EMI Records foi encarregada de lançar os discos no mercado. A banda e o produtor passaram os primeiros meses de 1973 gravando este disco que foi entitulado simplesmente "Queen", mas o desapontamento veio logo em seguida, quando o primeiro hit do álbum foi rejeitado cinco vezes pelas rádios. Audaciosamente, a banda voltou aos estúdios para gravar "Queen II" em agosto daquele mesmo ano. "Desta vez tentamos ultrapassar os limites técnicos do estúdio", explicou Brian. "Era um sonho para nós, porque não tivemos esta oportunidade no primeiro disco". Três meses depois, o Queen fez suas primeiras aparições ao vivo em vários lugares da Inglaterra, abrindo os shows do grupo Mott the Hoople.Em março de 1974, o Queen iniciou a sua própria turnê pela Inglaterra. E Freddie já monopolizava as atenções, devido a sua maneira excêntrica de se vestir. Em abril daquele ano, o Queen apareceu pela primeira vez na televisão e causou impacto imediato, levando a música Seven Seas Of Rhye às paradas. O lançamento de Killer Queen em outubro/74 foi um grande marco para a banda. Freddie chegou a ser premiado pela música, que segundo Brian, é a que melhor sintetiza o estilo do grupo, e felizmente apareceu no momento certo". Ela alcançou o segundo posto nas paradas, e confirmou a presença de Queen no cenário musical. "Muita gente pensava que nós éramos uma banda de heavy metal", disse John, "mas Killer Queen mostrou um lado completamente novo do grupo, e nos abriu um maior espaço, que certamente atingiu a um maior número de pessoas". O disco se chamava Sheer Heart Attack, trazia na capa a banda toda coberta com vaselina e molhada por uma mangueira! "O resultado final," admitiu Freddie, "é uma banda com quatro elementos decididamente bronzeados e esbeltos, e tão ensopados como se tivessem suado a semana inteira!" Logo, porém, eles estariam suando de verdade, excursionando pela Inglaterra pela terceira vez no ano para consolidar seu sucesso natal. A turnê de 1974 provocou um frenesi sem igual dos fãs. Em algumas noites, a banda mal podia deixar o palco. Na Escócia, houve até brigas e feridos na platéia. E nos Estados Unidos foram agendados cinco shows em Nova Iorque. Nesta época, a guitarra sinfônica de Brian e o toque diferente do piano de Freddie já eram marcas registradas da banda. Muitas pessoas acreditavam que eles faziam uso de sintetizadores, mas nos primeiros nove discos nunca houve nem sintetizador nem orquestra, e nem mesmo qualquer outro músico além deles apenas. "Bohemian Rhapsody" colocou-os de vez entre os monstros do rock. Ela levou cerca de três semanas para ser gravada, pois se tratava de três músicas condensadas em uma. Muita gente do showbis duvidava que uma música com sete minutos pudesse chegar às paradas, mas ela emplacou por 17 semanas, no mínimo. Ainda assim, o sucesso nos Estados Unidos demorava para se confirmar, e para piorar, Freddie perdeu a voz no meio da turnê americana. Felizmente, no Japão, as coisas foram diferentes. Cerca de 3000 garotas esperavam por eles aos berros no aeroporto de Tóquio. O quinto álbum, "A Day at the Races" (1975), foi marcado por uma festa memorável num hipódromo, no sul de Londres. Era a primeira vez que o Queen produzia seu próprio disco, e o sucesso de "We Are the Champions" conquistou finalmente os Estados Unidos. O sucesso do disco foi comemorado num concerto para 150.000 fãs, no Hyde Park, em Londres, com entrada franca. Iniciaram assim, uma tradição que foi perpetuada por astros de peso de Pink Floyd a Pavaroti! A imprensa deste período, que se voltava para o punk rock, tentava destronar o Queen de várias formas, mas a resposta do público ainda era impressionante. No palco, as calças de couro de Freddie levantavam insultos da crítica, e ele respondia profeticamente, "Estamos usando apenas nossas próprias armas, e se elas valerem alguma coisa, sobreviveremos". Na turnê de 1978, Freddie aparecia carregado por dois fortões vestidos de Supermen, como numa provocação. Ao final dos anos setenta, o Queen procurava uma nova fórmula de sucesso para o rock, e ela finalmente veio com "Crazy Little Thing Called Love", música feita no estilo de Elvis Presley, e a primeira a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos. "Não medimos nossa reputação pelas paradas de sucesso", disse Brian, "mas cada hit que você faz, acaba atraindo um novo tipo de público". No palco, "Crazy" fazia Freddie trocar seu famoso microfone por uma guitarra acústica de 12 cordas, além de trazê-lo com seu novo visual de cabelos curtos E de repente, a crítica voltou a fazer as pazes com o grupo, impressionada ainda mais pela participação da banda num concerto beneficente, em dezembro de 1979, pelo povo de Kampuchea. O disco "The Game" trouxe o sucesso de John Deacon, "Another One Bites the Dust", que abriu um novo mercado para o Queen: as rádios de música negra. O próximo passo foi a trilha sonora de Flash Gordon. Em fevereiro de 1981 foi a vez de uma grande turnê pela América Latina. "Nós estávamos muito nervosos", admitiu Freddie. "Não tínhamos o direito de criar expectativas num lugar totalmente estranho. E acho que eles nunca tinham visto um show tão ambicioso antes". É claro que o sucesso foi estrondoso. E algum tempo depois, nem mesmo a Guerra das Malvinas impedia que o grupo dominasse as paradas argentinas. O concerto deles em São Paulo reuniu o número inacreditável de 251.000 pessoas, imortalizando o grupo nas páginas do Guinness Book. A primeira coletânea de sucessos da banda ficou mais de três anos nas paradas britânicas! Mas o próximo álbum "Hot Space" não atingiu o sucesso esperado e marcou uma pausa na carreira do Queen - a primeira em doze anos de união. Entretanto, Freddie não admitia que se falasse em separação. "Eu achava que ficaríamos uns cinco anos juntos, mas agora estamos muito velhos para desistir". Realmente, a pausa aumentou o apetite por novas músicas. E o trabalho lançado em 1984, "The Works", trazia pérolas como Radio Ga Ga, de autoria de Roger, e que fez a banda alcançar um feito inédito todos os quatro elementos do grupo tiveram suas próprias composições no hit parade. Outra música, "I Want to Break Free", trouxe um vídeo audacioso, com toda banda travestida de mulher, e arrancou risadas até de seus fiéis seguidores. Mas nos Estados Unidos, teve o efeito inverso. Enquanto o resto do mundo ria, os americanos se ofendiam. Em outubro de 1984, outra controvérsia surgiu: o grupo tocou oito dias na capital da Africa do Sul, e certamente foi acusado de racismo, devido ao apartheid. Já 1985 iniciou brilhantemente, com dois shows no Rock in Rio, em janeiro, aqui no Brasil. "Primeiramente, fomos à América do Sul como convidados. Mas agora, eu quero comprar o continente inteiro e me tomar presidente", comentou Freddie. Oprimeiro disco solo de Freddie Mercury chamava-se "Mr. Bad Guy", e era bem diferente do trabalho do Queen. No entanto, não era a música de Freddie que importava para a mídia, e sim sua vida amorosa. Ele já havia admitido publicamente, a exemplo de Elton John, que se sentia atraído por ambos os sexos. Seu relacionamento com Mary Austin, havia se transformado numa forte amizade. E ele admitia que era muito difícil encontrar a companhia ideal. Mas queria continuar tentando. Com relação ao Queen, a participação no concerto "Live Aid" foi motivo de orgulho para a banda. "Foi um daqueles dias em que nos alegramos por fazer parte do showbis. O show aumentou a nossa moral, e nos mostrou a força que tínhamos na Inglaterra". O próprio Bob Geldo, idealizador do concerto, elegeu-os como a melhor banda de todas. A turnê Magic Tour teve que adicionar mais datas para apresentações em Wembley, na Inglaterra, pois os oitenta mil ingressos disponíveis foram vendidos imediatamente, apenas por via postal. Mais tarde veio o sucesso da trilha sonora de Highlander. Além disto, o maior solo de Freddie, "The Great Pretender", atingia as paradas, seguido por "Barcelona" com a cantora de ópera Montserrat Caballé.Em maio de 1989 apareceu o primeiro disco do Queen após 3 anos, "The Miracle", mas Freddie não se dispôs a enfrentar uma turnê. Roger rapidamente reagiu aos comentários sobre o estado de saúde de Freddie. "Que nada! Freddie está mais saudável do que nunca". Entretanto, Freddie quase não saía mais de sua mansão em Londres. Em fevereiro de 1990, a indústria fonográfica britânica os premiou pela sua importante contribuição para o mundo musical, mas os jornalistas só se preocupavam com a aparência pálida de Freddie. Brian o defendeu: "Ele está bem e não tem AIDS, mas eu acho que o estilo pesado do rock o derrubou. Ele precisa apenas descansar. Em 1991, surge o álbum "lnnuendo", alcançando o primeiro lugar nas paradas, mas os rumores sobre a saúde de Freddie eram maiores do que nunca. Finalmente, em 23 de novembro de 91, uma curta declaração confirmou o pior. "Seguindo as enormes conjecturas da imprensa, quero confirmar que sou soro positivo e portanto tenho AIDS. Achei correto manter esta informação oculta para proteger a privacidade dos que me rodeiam. Entretanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade, e eu espero que todos, juntamente com meus médicos, lutem contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito importante para mim, e eu sou famoso por não dar entrevistas. Por favor, entendam que esta política continuará". No dia seguinte, Freddie morreu. A banda logo fez questão de anunciar que sem Freddie Mercury o Queen não poderia sobreviver. "Não há sentido em continuar. E impossível substituir Freddie. Estamos terrivelmente abalados com sua ida, mas muito orgulhosos do modo corajoso com que ele viveu e morreu. Foi um privilégio dividir com ele momentos tão mágicos". Em abril de 1992, um concerto em homenagem ao mestre dos palcos de todos o tempos foi realizado em Londres, no Wembley Stadium. Vários astros compareceram. De Elton John a Guns N' Roses, Def Leppard a Liza Minelli, todos vieram se despedir de Freddie. De todas as homenagens do dia, a de Axl Rose foi a mais tocante. "Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddie Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida". Os 75 mil ingressos para o show venderam em seis horas. "Para muitos fãs", disse Roger Taylor, "este show substituiu o tradicional velório. Foi o modo de todos dizerem adeus". O relançamento de Bohemian Rhapsody não foi o último modo de comemorar a vida de Freddie. Brian May também deixou de lado sua guitarra e sentou-se ao piano para tocar uma nova música chamada "Too Much Love Will Kill You". E um álbum duplo da última turnê da banda em 1986 foi lançado, lembrando o que o mundo havia perdido. Mas é claro que enquanto a voz de Freddie continuar ecoando nas músicas do Queen, ele e também nós seremos sempre campeões, como ele já previa em We Are the Champions. da música. Mesmo antes da trágica morte do líder vocalista Freddie Mercury, em novembro de 1991, o grupo já era reconhecido como um dos maiores de todos os tempos. Através da mistura de elementos do pop, rock, glam, electro, funk, ópera, e até memso rockabilly, eles quebraram todas as barreiras estilísticas da música, mantendo-se a frente das tendências de momento, sem tornar-se vítima da moda e mesmo com a quase total falta de cobertura da imprensa musical, seus lançamentos venderam em número cada vez maior. A história do Queen começa com Smile, uma banda de rock desconhecida do início dos anos setenta, formada por dois estudantes de ciência, Brian May e Roger Taylor. "Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito", Brian nos conta. Brian começou com a guitarra que toca até hoje. O som diferenciado é devido à sua guitarra inusitada, ser construída de madeira do século 19, com ajuda de seu pai. Esta reciclagem surpreendente permitiu a criação de uma infinidade de tons, e Brian inovou ainda mais pelo uso de uma moeda antiga de prata em lugar da palheta de plástico comumente usada pelos outros guitarristas. Houve alguns grupos anteriores ao Srnile, mas como Brian disse, "Nenhum desses grupos chegaram em algum lugar porque nós nunca tocamos para valer". O encontro com Roger fez tudo mudar. "Ele era o melhor baterista que eu já tinha visto", Brian admitiu. Roger Taylor cresceu em Truro, Cornwall, e descobriu suas ambições musicais na juventude, primeiro como guitarrista, e mais tarde como baterista, apesar da desaprovação dos pais. Mas o estrelato exigiria sacrifícios. No verão de 1969, Brian trabalhava como professor de matemática, enquanto Roger vendia roupas de segunda-mão. Segundo Brian, eles sabiam que o Smile não chegaria a lugar nenhum, pois sem um disco próprio, acabavam caindo no esquecimento, mesmo entre as pessoas que apreciavam as apresentações. Ainda assim, Brian acredita que o grupo estava além de seu tempo. "Existem fitas do Smile que possuem as mesmas estruturas gerais do nosso trabalho atual". Já a entrada de Tim Staffel no grupo foi curiosa. Ele veio para substituir o vocalista, e também para ser o baixista, embora o instrumento de sua preferência fosse o piano. Morava a poucos metros de distância de Brian May, desde que se mudara para a Inglaterra em 1959, mas só foram se conhecer quase dez anos depois. A cena se abre então para Frederick Bulsara, nascido em Zanzibar (parte atual da Tanzânia). Diplomado em arte e design pela mesma escola onde passaram Ron Wood (Rolling Stones) e Pete Townshend (The Who), ele já havia participado de grupos com nomes extravagantes que não deram em nada, mas que aumentaram seu apetite pelo mundo do rock, a ponto de mudar seu nome para Freddie Mercurv. Na época em que se envolveu com o Smile, ele estava trabalhando com Roger num stand de roupas usadas no Kensington Market em Londres. "Freddie sempre pareceu um astro e agia como um, mesmo quando não tinha um tostão sequer", lembra-se Brian. "Com aquele stand, ele se tornou um dos precursores do glam rock. Quando fomos todos morar juntos, Freddie trazia grandes malas e ia tirando delas algumas peças horríveis de roupas e dizendo: "Olha que roupa linda! Isso vai valer uma fortuna!"" Ainda no Kensington Market, Freddie conheceu Mary Austin, que administrava uma butique lá perto, e os dois viveram juntos por muitos anos. Mesmo quando seu lado gay aflorou, ela continuou sendo sua melhor amiga. "Freddie era amigo de Tim que compareceu a muitas de nossas apresentações, e fez sugestões irrecusáveis. Naquele tempo, ele ainda não havia tentando ser cantor, e nós não sabíamos que ele podia ser. Nós pensávamos que ele fosse só um músico teatral". Freddie acabou sendo muito mais do que isso. "Quando acabamos com o Smile, foi ele que nos fez voltar, disse que éramos capazes, e que teríamos apenas que ensaiar e nos apresentar melhor no palco. E nós voltamos, reciclando algumas músicas do Smile e de um grupo anterior do Freddie". Portanto, três peças do quebra-cabeça já haviam se juntado, mas o quadro ainda estava incompleto. Faltava John Deacon, o sétimo baixista a ser testado pelo grupo. Outro estudante de peso, que havia se graduado com nota máxima em eletrônica, seis meses antes de se juntar ao Queen. "Nós sabíamos que ele era o cara certo", disse Brian mais tarde, "mesmo sendo tão quieto, dificilmente falava com a gente..." O nome Queen foi concebido por Freddie, que o considerava "forte, universal e imediato". E seus talentos artísticos foram logo solicitados para a criação do logotipo do "Q coroado" que apareceria nos discos da banda e se tomaria parte integrante da imagem do grupo. Os signos astrológicos de cada membro foram também incorporados. A ambição corria solta, mas, a curto prazo pelo menos, cobrou seu preço. "Se íamos abandonar nossas carreiras após tanto esforço", dizia Brian, "queríamos conseguir o melhor no campo da música. E nada veio fácil. Para ser sincero, acho que nenhum de nós fazia a menor idéia de que levaríamos três anos para conseguir algum resultado. Não foi nenhum conto de fadas". No ano seguinte, o grupo já tinha material suficiente para gravar nos estúdios De Lane Lea. Foi um acordo inusitado, já que foram como convidados para testar o novo equipamento de gravação a ser usado por clientes em potencial, e portanto não foram cobrados. Os engenheiros de som com quem trabalharam sugeriram a produtora Trident que contratasse o Queen. E deste modo, o álbum foi gravado nos momentos em que o estúdio não estava sendo ocupado por clientes pagantes. E a EMI Records foi encarregada de lançar os discos no mercado. A banda e o produtor passaram os primeiros meses de 1973 gravando este disco que foi entitulado simplesmente "Queen", mas o desapontamento veio logo em seguida, quando o primeiro hit do álbum foi rejeitado cinco vezes pelas rádios. Audaciosamente, a banda voltou aos estúdios para gravar "Queen II" em agosto daquele mesmo ano. "Desta vez tentamos ultrapassar os limites técnicos do estúdio", explicou Brian. "Era um sonho para nós, porque não tivemos esta oportunidade no primeiro disco". Três meses depois, o Queen fez suas primeiras aparições ao vivo em vários lugares da Inglaterra, abrindo os shows do grupo Mott the Hoople.Em março de 1974, o Queen iniciou a sua própria turnê pela Inglaterra. E Freddie já monopolizava as atenções, devido a sua maneira excêntrica de se vestir. Em abril daquele ano, o Queen apareceu pela primeira vez na televisão e causou impacto imediato, levando a música Seven Seas Of Rhye às paradas. O lançamento de Killer Queen em outubro/74 foi um grande marco para a banda. Freddie chegou a ser premiado pela música, que segundo Brian, é a que melhor sintetiza o estilo do grupo, e felizmente apareceu no momento certo". Ela alcançou o segundo posto nas paradas, e confirmou a presença de Queen no cenário musical. "Muita gente pensava que nós éramos uma banda de heavy metal", disse John, "mas Killer Queen mostrou um lado completamente novo do grupo, e nos abriu um maior espaço, que certamente atingiu a um maior número de pessoas". O disco se chamava Sheer Heart Attack, trazia na capa a banda toda coberta com vaselina e molhada por uma mangueira! "O resultado final," admitiu Freddie, "é uma banda com quatro elementos decididamente bronzeados e esbeltos, e tão ensopados como se tivessem suado a semana inteira!" Logo, porém, eles estariam suando de verdade, excursionando pela Inglaterra pela terceira vez no ano para consolidar seu sucesso natal. A turnê de 1974 provocou um frenesi sem igual dos fãs. Em algumas noites, a banda mal podia deixar o palco. Na Escócia, houve até brigas e feridos na platéia. E nos Estados Unidos foram agendados cinco shows em Nova Iorque. Nesta época, a guitarra sinfônica de Brian e o toque diferente do piano de Freddie já eram marcas registradas da banda. Muitas pessoas acreditavam que eles faziam uso de sintetizadores, mas nos primeiros nove discos nunca houve nem sintetizador nem orquestra, e nem mesmo qualquer outro músico além deles apenas. "Bohemian Rhapsody" colocou-os de vez entre os monstros do rock. Ela levou cerca de três semanas para ser gravada, pois se tratava de três músicas condensadas em uma. Muita gente do showbis duvidava que uma música com sete minutos pudesse chegar às paradas, mas ela emplacou por 17 semanas, no mínimo. Ainda assim, o sucesso nos Estados Unidos demorava para se confirmar, e para piorar, Freddie perdeu a voz no meio da turnê americana. Felizmente, no Japão, as coisas foram diferentes. Cerca de 3000 garotas esperavam por eles aos berros no aeroporto de Tóquio. O quinto álbum, "A Day at the Races" (1975), foi marcado por uma festa memorável num hipódromo, no sul de Londres. Era a primeira vez que o Queen produzia seu próprio disco, e o sucesso de "We Are the Champions" conquistou finalmente os Estados Unidos. O sucesso do disco foi comemorado num concerto para 150.000 fãs, no Hyde Park, em Londres, com entrada franca. Iniciaram assim, uma tradição que foi perpetuada por astros de peso de Pink Floyd a Pavaroti! A imprensa deste período, que se voltava para o punk rock, tentava destronar o Queen de várias formas, mas a resposta do público ainda era impressionante. No palco, as calças de couro de Freddie levantavam insultos da crítica, e ele respondia profeticamente, "Estamos usando apenas nossas próprias armas, e se elas valerem alguma coisa, sobreviveremos". Na turnê de 1978, Freddie aparecia carregado por dois fortões vestidos de Supermen, como numa provocação. Ao final dos anos setenta, o Queen procurava uma nova fórmula de sucesso para o rock, e ela finalmente veio com "Crazy Little Thing Called Love", música feita no estilo de Elvis Presley, e a primeira a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos. "Não medimos nossa reputação pelas paradas de sucesso", disse Brian, "mas cada hit que você faz, acaba atraindo um novo tipo de público". No palco, "Crazy" fazia Freddie trocar seu famoso microfone por uma guitarra acústica de 12 cordas, além de trazê-lo com seu novo visual de cabelos curtos E de repente, a crítica voltou a fazer as pazes com o grupo, impressionada ainda mais pela participação da banda num concerto beneficente, em dezembro de 1979, pelo povo de Kampuchea. O disco "The Game" trouxe o sucesso de John Deacon, "Another One Bites the Dust", que abriu um novo mercado para o Queen: as rádios de música negra. O próximo passo foi a trilha sonora de Flash Gordon. Em fevereiro de 1981 foi a vez de uma grande turnê pela América Latina. "Nós estávamos muito nervosos", admitiu Freddie. "Não tínhamos o direito de criar expectativas num lugar totalmente estranho. E acho que eles nunca tinham visto um show tão ambicioso antes". É claro que o sucesso foi estrondoso. E algum tempo depois, nem mesmo a Guerra das Malvinas impedia que o grupo dominasse as paradas argentinas. O concerto deles em São Paulo reuniu o número inacreditável de 251.000 pessoas, imortalizando o grupo nas páginas do Guinness Book. A primeira coletânea de sucessos da banda ficou mais de três anos nas paradas britânicas! Mas o próximo álbum "Hot Space" não atingiu o sucesso esperado e marcou uma pausa na carreira do Queen - a primeira em doze anos de união. Entretanto, Freddie não admitia que se falasse em separação. "Eu achava que ficaríamos uns cinco anos juntos, mas agora estamos muito velhos para desistir". Realmente, a pausa aumentou o apetite por novas músicas. E o trabalho lançado em 1984, "The Works", trazia pérolas como Radio Ga Ga, de autoria de Roger, e que fez a banda alcançar um feito inédito todos os quatro elementos do grupo tiveram suas próprias composições no hit parade. Outra música, "I Want to Break Free", trouxe um vídeo audacioso, com toda banda travestida de mulher, e arrancou risadas até de seus fiéis seguidores. Mas nos Estados Unidos, teve o efeito inverso. Enquanto o resto do mundo ria, os americanos se ofendiam. Em outubro de 1984, outra controvérsia surgiu: o grupo tocou oito dias na capital da Africa do Sul, e certamente foi acusado de racismo, devido ao apartheid. Já 1985 iniciou brilhantemente, com dois shows no Rock in Rio, em janeiro, aqui no Brasil. "Primeiramente, fomos à América do Sul como convidados. Mas agora, eu quero comprar o continente inteiro e me tomar presidente", comentou Freddie. Oprimeiro disco solo de Freddie Mercury chamava-se "Mr. Bad Guy", e era bem diferente do trabalho do Queen. No entanto, não era a música de Freddie que importava para a mídia, e sim sua vida amorosa. Ele já havia admitido publicamente, a exemplo de Elton John, que se sentia atraído por ambos os sexos. Seu relacionamento com Mary Austin, havia se transformado numa forte amizade. E ele admitia que era muito difícil encontrar a companhia ideal. Mas queria continuar tentando. Com relação ao Queen, a participação no concerto "Live Aid" foi motivo de orgulho para a banda. "Foi um daqueles dias em que nos alegramos por fazer parte do showbis. O show aumentou a nossa moral, e nos mostrou a força que tínhamos na Inglaterra". O próprio Bob Geldo, idealizador do concerto, elegeu-os como a melhor banda de todas. A turnê Magic Tour teve que adicionar mais datas para apresentações em Wembley, na Inglaterra, pois os oitenta mil ingressos disponíveis foram vendidos imediatamente, apenas por via postal. Mais tarde veio o sucesso da trilha sonora de Highlander. Além disto, o maior solo de Freddie, "The Great Pretender", atingia as paradas, seguido por "Barcelona" com a cantora de ópera Montserrat Caballé.Em maio de 1989 apareceu o primeiro disco do Queen após 3 anos, "The Miracle", mas Freddie não se dispôs a enfrentar uma turnê. Roger rapidamente reagiu aos comentários sobre o estado de saúde de Freddie. "Que nada! Freddie está mais saudável do que nunca". Entretanto, Freddie quase não saía mais de sua mansão em Londres. Em fevereiro de 1990, a indústria fonográfica britânica os premiou pela sua importante contribuição para o mundo musical, mas os jornalistas só se preocupavam com a aparência pálida de Freddie. Brian o defendeu: "Ele está bem e não tem AIDS, mas eu acho que o estilo pesado do rock o derrubou. Ele precisa apenas descansar. Em 1991, surge o álbum "lnnuendo", alcançando o primeiro lugar nas paradas, mas os rumores sobre a saúde de Freddie eram maiores do que nunca. Finalmente, em 23 de novembro de 91, uma curta declaração confirmou o pior. "Seguindo as enormes conjecturas da imprensa, quero confirmar que sou soro positivo e portanto tenho AIDS. Achei correto manter esta informação oculta para proteger a privacidade dos que me rodeiam. Entretanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade, e eu espero que todos, juntamente com meus médicos, lutem contra esta terrível doença. Minha privacidade sempre foi muito importante para mim, e eu sou famoso por não dar entrevistas. Por favor, entendam que esta política continuará". No dia seguinte, Freddie morreu. A banda logo fez questão de anunciar que sem Freddie Mercury o Queen não poderia sobreviver. "Não há sentido em continuar. E impossível substituir Freddie. Estamos terrivelmente abalados com sua ida, mas muito orgulhosos do modo corajoso com que ele viveu e morreu. Foi um privilégio dividir com ele momentos tão mágicos". Em abril de 1992, um concerto em homenagem ao mestre dos palcos de todos o tempos foi realizado em Londres, no Wembley Stadium. Vários astros compareceram. De Elton John a Guns N' Roses, Def Leppard a Liza Minelli, todos vieram se despedir de Freddie. De todas as homenagens do dia, a de Axl Rose foi a mais tocante. "Se eu não tivesse conhecido as letras de Freddie Mercury quando era garoto, não sei onde eu estaria hoje. Foi ele quem me ensinou sobre todas as formas de música, e abriu a minha mente. Nunca houve um maior professor em minha vida". Os 75 mil ingressos para o show venderam em seis horas. "Para muitos fãs", disse Roger Taylor, "este show substituiu o tradicional velório. Foi o modo de todos dizerem adeus". O relançamento de Bohemian Rhapsody não foi o último modo de comemorar a vida de Freddie. Brian May também deixou de lado sua guitarra e sentou-se ao piano para tocar uma nova música chamada "Too Much Love Will Kill You". E um álbum duplo da última turnê da banda em 1986 foi lançado, lembrando o que o mundo havia perdido. Mas é claro que enquanto a voz de Freddie continuar ecoando nas músicas do Queen, ele e também nós seremos sempre campeões, como ele já previa em We Are the Champions.



SLIPKNOT




Slipknot é uma banda de metal norte-americana formada em Des Moines, Iowa. É constituída por oito membros (originalmente nove), sendo eles actualmente Sid Wilson, Joey Jordison, Chris Fehn, James Root, Craig Jones, Shawn Crahan, Mick Thomson e Corey Taylor. O alinhamento da banda manteve-se inalterado desde 1999 até 2010. Cada membro usa uma máscara distinta.

A banda foi formada em 1995 e sofreram várias mudanças de alinhamento após o lançamento do disco independente Mate. Feed. Kill. Repeat. em 1996. O seu álbum homónimo de estreia foi lançado em 1999, tendo sido sucedido por Iowa em 2001 e Vol. 3: (The Subliminal Verses) em 2004. A 25 de agosto de 2008, a banda lançou o seu quarto álbum de estúdio, All Hope Is Gone, que se estreou em 1º lugar na tabela norte-americana Billboard 200. A banda lançou também quatro DVDs incluindo Disasterpieces em 2002, que foi certificado com quádrupla platina nos Estados Unidos. O seu DVD mais recente é o (sic)nesses que foi lançando nos cinemas americanos no dia 26/08/2010 mas indo para as lojas apenas no dia seguinte. Os integrantes da banda falam que esse DVD foi em homenagem ao Paul Gray, já que foi um dos seus últimos shows. O (sic)nesses foi gravado em 2009 no download festival e atingiu aproximadamente 80 mil espectadores.

Em 24 de maio de 2010, a banda perdeu seu baixista Paul Gray. Paul foi encontrado morto em um quarto de hotel por overdose de morfina. A banda pronunciou-se no dia 25 de maio, um dia após sua morte, estavam lá presentes todos os membros da banda, além de Brenna (a mulher de Paul) e Tony Gray, irmão de Paul.

O estilo da banda já foi descrito como heavy metal, nu metal, metal alternativo, thrash metal, crossover thrash, hardcore punk e rap metal.

História
Primeiros anos (1995-1998)

O "núcleo" da banda formou-se em 1992, quando o percussionista Shawn Crahan, o vocalista Anders Colsefini e o baixista Paul Gray alistaram a ajuda de guitarristas como Quan Nong e Donnie Steele, foi criada a banda "Painface".

Em Setembro de 1995, a banda "The Pale Ones" foi criada com Shawn Crahan na bateria, Gray no baixo, Anders Colsefini nos vocais e o guitarrista Steele. Joey Jordison se aderiu a banda pouco depois, tendo o papel de baterista e, posteriormente, transferido Crahan para a percussão. A banda continuou a desenvolver a sua visão mais do que seria na banda, tomaram a decisão de acrescentar um segundo guitarrista, entra em ação Josh Brainard e Colsefini mudando para a percussão junto com vocais. A banda tocou sua primeira performance ao vivo sob o nome de fundido, em 4 de dezembro de 1995 em um clube chamado called Crowbar em Des Moines. Logo depois, Jordison sugeriu a banda a mudar o nome para "Slipknot" depois da sua canção que finalmente apareceu na faixa da demo Mate, Feed, Kill, Repeat. A banda também começou a experimentar sua imagem, vestindo roupas grotescas, eventualmente, a anti-imagem foi conceito desenvolvido para os membros usando máscaras e macacão industrial. Até este ponto, a banda tinha permanecido essencialmente obscurecido devido à sua vontade de esperar até que a sua música foi totalmente desenvolvida.

Com muitos materiais ja prontos, a banda começou a gravar em um estúdio local, SR Áudio com Sean McMahon. Em Fevereiro de 1996, o guitarrista Donnie Steele deixou a banda devido a suas crenças cristãs, embora os outros membros banda estavam dispostos a permitir que ele ficasse, Steele decidiu deixar. Seu substituto, Craig Jones, chegou durante a mistura das fases deste novo projecto. Em 4 de abril, Slipknot tocou sua primeira execução pública no Des Moines reggae clube the Safari, onde tocou a maior parte dos seus primeiros shows. A banda começou a perceber mais uma vez que houve necessidade de uma mudança, uma vez que foram acrescentando amostras de suas gravações, mas que não poderia produzir esses sons ao vivo. Posteriormente, Craig Jones mudou-se para tocar sampler e Mick Thomson foi trazido para ocupar o espaço na guitarra. Após o conflito sobre a mixagem e masterização, a banda liberou seu primeiro álbum Mate. Feed. Kill. Repeat no Dia das Bruxas, 31 de Outubro de 1996. Com a produção deste álbum, Sean McMahon começou a distribuir registro e gestão das empresas, o que resultou em airplay na rádio local e, por sua vez, ganhou um lugar no Dotfest. Slipknot havia retornado para o estúdio para desenvolver novos materiais, o que exigiu um vocalista com voz melódica e violenta. Como resultado, Corey Taylor foi contratado a partir de colegas da banda Stone Sour; sendo que Colsefini mudou-se para o vocal de apoio e percussão. Com o seu novo vocalista, a banda continuou a fazer shows no Safari, durante um dos quais momentos, Colsefini no show surpreendeu a banda e os fãs tanto no palco anunciando que ele estava saindo da banda. A diferença na percussão foi preenchido por Greg Welts, que era carinhosamente conhecido como "Cuddles". No final de 1997, a banda foi atribuído números individuais para cada membro, respectivamente, e começou a usar uniforme macacão. No início de 1998, a banda criou um pequeno demo, que incluía "Spit It Out". O Slipknot Demo foi enviado para muitas gravadoras e, juntamente com uma crescente popularidade na Internet, o interesse cresceu a partir de gravadoras e eventualmente produtor Ross Robinson foi contatado. A banda, que tinha um forte interesse em trabalhar com Robinson, reuniu-se com ele e ele foi então decidido que iriam trabalhar em conjunto. Logo após, o DJ Sid Wilson foi levado para a banda impressionando seu talento como DJ surpreendendo a banda. Com a aquisição de Ross Robinson, os juros a banda cresceu e começou a chegar ofertas de gravadoras. Em 6 de julho de 1998 Welts foi convidado a deixar a banda se tornar o primeiro (e único) membro da banda a ser despedido, em última análise, a partir da banda. Chris Fehn substituiu Welts e em 8 de julho eles assinaram com a Roadrunner Records.

Álbum debut e o sucesso comercial (1998 - 2001)

No final de 1998, Slipknot voltou ao estúdio de gravação para trabalhar em seu álbum de estréia. No início de 1999, o guitarrista Brainard decidiu deixar a banda devido a motivos pessoais. Sua substituição foi James Root deixando a banda com o line-up que mantêm. Gravação concluída no Início de 1999, com "Me Inside" e "Purity", a banda participou do Ozzfest, que começou em março. Em 29 de junho de 1999, a banda liberou seu álbum Slipknot. A respeito do álbum, Rick Anderson do Allmusic escreveu "Você pensou Limp Bizkit foi pesado? O Osmonds. Slipknot é outra coisa completamente." A banda realizou o Livin La Vida Loco Tour a turnê de apoio ao álbum Slipknot.O álbum Slipknot inclui variações de canções lançadas anteriormente, incluindo "(sic)", uma versão da canção anterior "Slipknot". Essas versões foram mais rápidos do que as suas gravações anteriores e esta mudança na intensidade foi saudada por antigos fãs. No mesmo ano, Slipknot liberou seu primeiro vídeo doméstico Welcome to Our Neighborhood (que mais tarde foi lançado em DVD em 2003). No início de 2000, Slipknot foi certificada a platina. Em Julho de 2001, o álbum Slipknot foi nomeado como um dos "50 Álbuns mais pesados de todos os tempos".

Iowa e projectos paralelos (2001 - 2003)

Após o sucesso de sua estréia, Slipknot decidiu entrar no estúdio novamente para um segundo álbum. Até então, a banda tinha criado uma grande fã clube de base, e as expectativas para o seu acompanhamento do álbum foram ótimos. Eles voltaram para o estúdio no início de 2001 para trabalhar em um novo álbum. Iowa, o segundo álbum da banda com a Roadrunner Records, foi lançado em 28 de agosto de 2001. Jason Birchmeier do Allmusic disse: "É realmente tudo que você poderia pedir um Slipknot no álbum e, em seguida, alguns", e David Fricke da Rolling Stone chamou o álbum de "o primeiro grande registro da era new metal." Também foi um sucesso comercial, atingindo um máximo de número três na Billboard, e em número um no Reino Unido como álbum gráfico. Em meados de 2001, a banda mais uma vez com a turnê Ozzfest, e realizaram o Kill The Industry na qual era a turnê em apoio do álbum Iowa. A banda também apareceu em cena no concerto de 2002 do filme Rollerball. No mesmo ano, enquanto passearam pela Europa sobre sua turnê Iowa Tour Europeu, a BBC afirmou que Slipknot roubou o espectáculo e provou entreternimento após a banda ter realizado show no Reading Festival, na Inglaterra. Depois de excursionar Europa, a banda realizada em locais no Japão para o Japan Iowa Tour. No mesmo ano, Slipknot liberou seu segundo visual de produção com o lançamento do seu DVD Disasterpieces. 2002 também viu a primeira séria de projetos musicais dos membros do Slipknot de fora da banda. O vocalista Corey Taylor e o guitarrista James Root retornaram a banda Stone Sour com o lançamento do seu álbum debut Stone Sour. O baterista Joey Jordison também tinha o seu próprio projecto, em que ele assumiu o papel de guitarrista no Murderdolls. Logo depois, Slipknot deu um tempo para trabalhar em um terceiro álbum no final de 2002, mas a banda estava com problemas. Neste momento, houve rumores sobre se a banda ter acabado e sem possibilidade de um terceiro álbum. Em meados de 2003, Shawn Crahan tinha um novo projeto, para a surpresa de muitos, na qual ele trabalhou com o nomeado produtor Rick Rubin.

Vol. 3: (The Subliminal Verses), 9.0 Live, e projectos paralelos (2003 - 2007)

No final de 2003, Slipknot começou a escrever e gravar com o tão produtor nomeado Rick Rubin, que anteriormente trabalhou com artistas comoRed Hot Chili Peppers, Johnny Cash, System of a Down, Slayer e atualmente trabalhando com os Linkin Park. A Roadrunner Records também anunciou que deixaria de distribuir álbuns na escandinávia, devido às condições financeiras. No entanto Slipknot conseguiram lidar com a gravadora Nuclear Blast Records no início de 2003 para os lançamentos na escandinávia. A banda liberou seu terceiro álbum, Vol. 3: The Subliminal Verses, em 24 de maio de 2004, que culminaram em segundo lugar na Billboard 200. Johnny Loftus do Allmusic chamou o álbum de "um satisfazer, cuidadosamente concebidos de representação da banda e da carreira, até à data", enquanto Robert Cherry da Rolling Stone disse que o álbum é "novas experiências, mesmo com condições extremas, o que, em caso do Slipknot em meios de tradição canção de suas musicas estruturadas." O título do álbum indica que este é o seu terceiro álbum, os membros posteriores mencionaram que eles não consideram Mate. Feed. Kill. Repeat.. como um álbum que reflecte a banda. Em 2004, a banda excursionou no Ozzfest pela terceira vez, do mesmo ano, eles fizeram sua primeira aparição no Download Festival. Em 2005, o Slipknot fez vários shows sem a presença de Shawn Crahan, que estava apoiando a sua esposa durante uma doença, incluindo o seu regresso ao Download Festival.
Pouco tempo depois, Slipknot lançou seu segundo álbum ao vivo, o 9.0: Live que incluía gravações de shows em Phoenix, Las Vegas, Osaka, Cingapura e Tóquio. O álbum foi lançado em 1 de novembro de 2005 e foi indicado na Billboard 200 no lugar de número 17. Em 2006, a banda ganhou seu primeiro Grammy como Melhor Performance de Metal com a canção "Before I Forget." Mais tarde naquele ano, o Slipknot liberou também o seu terceiro DVD Voliminal: Inside the Nine. Vários membros da banda colaboraram com outros artistas sobre a Roadrunner United: The All-Star Sessions (CD lançado em outubro de 2005). Pelo registro, Joey Jordison foi nomeado como o "capitão da equipe" Root, Taylor, e Gray também contribuiram na produção do álbum. Em 2006, Root e Taylor, mais uma vez, retornaram ao Stone Sour produzindo seu segundo álbum Come What (ever) May. Joey Jordison tocou bateria para várias bandas ao mesmo tempo em turnê, incluindo; Ministry e Korn. No final do ano, Shawn Crahan revelou um novo projeto paralelo, a banda Dirty Little Rabbits, onde Shawn toca bateria.

All Hope Is Gone e turnê (2008 - Presente)

Depois de um tempo, o Slipknot lançou o tão aguardado álbum, o All Hope Is Gone que foi liberado em todo o mundo em 20 de agosto de 2008. É o primeiro álbum do Slipknot a ficar no lugar de número 1 na Billboard 200. A preparação para o álbum começou em Outubro de 2007, com gravação adiada para Fevereiro de 2008. Para este lançamento a banda se manifestou por ter interesse para tornar o quarto álbum o mais pesado de todos, até à data com uma expansão do thrash metal introduzido no vol. 3: (The Subliminal Verses). No entanto, eles também queriam deixar os seus mais experimentos na gravação, e pretendiam incluir mais violões e vocais melódicos, a introdução de pratos na percussão foi adicionada. O álbum foi o primeiro trabalho da banda com o Dave Fortman como produtor. Juntamente com o álbum, a banda estreou e "evoluiu" as máscaras e uniformes, o que corresponde ao estilo do álbum. Slipknot fez sua performance pela primeira vez no Mayhem Festival em Julho e Agosto de 2008. A banda estava agendada para tocar no Reading e Leeds Festival em Agosto de 2008, mas foram obrigados a cancelar após o baterista Joey Jordison quebrar seu tornozelo.

O Slipknot também fez shows na Austrália, Japão, Europa e Reino Unido nos últimos meses de 2008, com as bandas Machine Head e Children of bodom na abertura de seu shows. As datas de show no Reino Unido foram anunciadas em 20 de Agosto, e no início de Dezembro a turnê do All Hope Is Gone. Foram forçados a cancelar seu show em Israel, devido aos 2 dos membros estar com problemas familiares, Corey afirmou que o show seria remarcado para o passeio. James também declarou em uma entrevista que "foram apenas vai avaliar o nosso passeio off e depois vamos para descobrir como se esgueirar-se para fora algumas das músicas que nós criamos, que não torná-lo para o registro." tornando-se uma possibilidade de que o All Hope Is Gone seria relançado, semelhante ao seu álbum Slipknot.

O Download Festival 2009, que começou a partir dos dias 12, 13 e 14 de Junho no Donington Park, em Leicestershire e Inglaterra, o Slipknot foi anunciado como manchete do palco principal no sábado. O Slipknot que recentemente o turnê All Hope Is Gone World Tour seria terminada no final deste ano, que entrou em relação a um ano inteiro, passando por numerosos países. Embora a visita ainda não estar concluída, ainda estão anunciando muitas mais datas para espectáculos sendo eles CEZ Arena-Ostrava, República Checa, Rockwave Festival - Atenas, Grécia, Eurockeennes Festival - Belfort, França e muitos mais shows.

Atualmente a banda está de férias, porém em uma entrevista a Metal Injection, Joey falou sobre o retorno da sua banda paralela, o Murderdolls e ainda que o próximo álbum do Slipknot será lançado em 2012. Foi confirmado que o Slipknot vai voltar em 2011, liderando o Sonisphere Festival 2011 no Reino Unido e na França, o Graspop Metal Meeting 2011 no verão e Rock in Rio, festival em setembro. Slipknot também confirmou que eles estão se preparando para lançar seu quinto álbum de estúdio, sem a intenção de substituir Paul Gray.

Influências e estilo

Sid Wilson e Shawn Crahan no concerto em Wisconsin em 2005.

A banda tem afirmado que suas principais influências incluem Led Zeppelin, Black Sabbath, Slayer, Judas Priest, Korn, AC/DC, Kiss e Beastie Boys. Death metal, black metal e heavy metal têm sido mencionados como uma das principais influências da banda sobre a direção musical juntamente com new metal, como é a categoria da banda geralmente apresenta esse gênero. Eles também afirmaram que são influenciados por bandas como industriais Head of David, Godflesh e Skinny Puppy, bem como Neurosis e jungle music como Roni Size.

Eles podem ser comparados com grupos como Pantera, Machine Head, Biohazard, Life of Agony, e Prong, também são conhecidos por serem caóticos e energéticos nos shows ao vivo. Robert Cherry da Rolling Stone chamou o som sonoro do Slipknot de "uma máquina debulha devorando um corpo militar”. Em trabalho mais recente, o estilo de "vocal escandaloso" continua presente, mas agora inclui mais melódias. As letras geralmente seguem uma tom muito agressivo e apresentam temas como a escuridão, niilismo, raiva, desinteresse, amor, misantropia, nocauteo e psicose. Rick Anderson do Allmusic respeita as letras do grupo, como "geralmente não cotável sobre um site de família". Houve controvérsia em torno das letras do Slipknot, incluindo um caso em que um par de jovens assassinos culpou a letra da canção "Disasterpiece" como um crime vicioso e um caso em 2006, em que letra da canção “Surfacing” foi encontrada no local de uma sepultura.

Prêmios
Ver página anexa: Prêmios e indicações recebidas por Slipknot
Certificações da RIAA

Estas estatísticas foram compiladas a partir da base de dados on-line de certificações da RIAA.
Álbuns
Slipknot: (Dupla Platina, 5 de Fevereiro de 2005)
Iowa :(Platina, 10 de Outubro de 2002)
Vol. 3: (The Subliminal Verses): (Platina, 21 de Fevereiro de 2005)
9.0: Live: (Ouro, 9 de Dezembro de 2005)
All Hope Is Gone: (Platina, Dezembro de 2008).Vídeos e DVDs
Welcome to Our Neighborhood (Platina, 16 de Fevereiro de 2000).
Disasterpieces (Quádrupla Platina, 18 de Novembro de 2005).
Voliminal: Inside the Nine (Platina, 6 de Fevereiro de 2007)
(sic)nesses (Platina, 28 de setembro de 2010)

Grammy Awards

Além de sete nomeações para o Grammy Awards o Slipknot ganhou duas.
"Wait and Bleed" - Best Metal Performance, 2001 (nomeação)
"Left Behind" - Best Metal Performance, 2002 (nomeação)
"My Plague" - Best Metal Performance, 2003 (nomeação)
"Duality" - Best Hard Rock Performance, 2005 (nomeação)
"Vermilion" - Best Metal Performance, 2005 (nomeação)
"Before I Forget" - Best Metal Performance, 2006 (vencedores)
"Psychosocial" - Best Metal Performance, 2009 (vencedores)


Morte de Paul Gray



A polícia da cidade de Urbandale, no Iowa, afirmou que Paul Gray, baixista da banda Slipknot, foi encontrado morto em um quarto de hotel. A informação é do jornal local “KCCI”.

O corpo de Gray foi encontrado por volta das 11h da manhã (horário local) no hotel Marriott da cidade. Não havia sinais de crime, mas a polícia ainda esta fazendo uma investigação completa das razões da morte do músico. O corpo do baixista vai passar por uma autópsia é exame toxicológico.

Os oito integrantes do Slipknot se emocionaram bastante ao se pronunciarem pela primeira vez sobre a morte do companheiro em entrevista coletiva concedida no dia 25 de maio de 2010. Sem máscaras, eles falaram sem discurso e não responderam a perguntas.

Os membros estavam acompanhados pela viúva do baixista, Brenna, que estava grávida de cinco meses. "Meu marido era uma pessoa maravilhosa e eu quero que ele seja lembrado por isso. E sua filha irá conhecê-lo pelo que ele foi", disse.

Entre lágrimas, Corey Taylor comentou: "Perdemos nosso irmão, e o mundo parece menor após isso. Ele tinha o maior coração que qualquer um já conheceu". "A única palavra que pode resumi-lo é amor." Artistas também prestaram últimas homenagens a Gray, entre eles, James Shaffer do KoЯn, Jacoby Shaddix do Papa Roach, Benji Madden do Good Charlotte, Wes Borland do Limp Bizkit. Sid Wilson gravou uma música para Paul Gray.

Tony Gray, irmão do baixista, ficou conhecido entre os fãs da banda pelo seu emocionante depoimento em rede mundial no encontro do Slipknot à imprensa após a morte de Paul.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Iron Maiden



O Iron Maiden é uma banda inglesa de heavy metal, formada em 1975 pelo baixista Steve Harris, ex-integrante das bandas Gypsy's Kiss e Smiler. Originária de Londres, foi uma das principais bandas do movimento musical que ficou conhecido como NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). O nome "Iron Maiden" foi inspirado em um instrumento de tortura medieval[1] que aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro. Esse também era o apelido da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, que aparece nas capas dos compactos "Women in Uniform" e "Sanctuary".

Com mais de três décadas de existência, catorze álbuns de estúdio, seis álbuns ao vivo, catorze vídeos e diversos compactos, o Iron Maiden é uma das mais importantes e bem sucedidas bandas de toda a história do heavy metal, tendo vendido mais de 100 milhões de álbuns registrados em todo o mundo. Seu trabalho influenciou diversas bandas de rock e metal. Eles são citados como influência por bandas como Hazy Hamlet, Slayer, Metallica, Slipknot, Anthrax, Angra, Helloween, Death, Megadeth, Dream Theater e Umphrey's McGee, entre muitos outros.

Em março de 2001, a banda recebeu o prêmio Ivor Novello Award em reconhecimento às realizações em um parâmetro internacional como uma das mais bem-sucedidas parcerias de composição da Inglaterra. Durante a turnê americana de 2005, foi adicionada à Calçada da Fama de Hollywood.[2] A banda também está presente nas principais listas de maiores bandas de rock de todos os tempos.[3]

O Maiden já encabeçou diversos grandes eventos, entre eles Rock in Rio, Monsters of Rock em Donington, Ozzfest ao lado do Black Sabbath, Wacken Open Air, Gods of Metal, Lollapalooza, Download Festival e os Festivais de Reading e Leeds.[4]

A banda têm diversas canções baseadas em lendas, livros, histórias e filmes, entre as quais The Wicker Man, The Prisoner, Stranger in a Strange Land - que é um romance de ficção científica de 1961, escrito por Robert A. Heinlein, Murders In The Rue Morgue, Flight of Icarus, Where Eagles Dare, Rime of the Ancient Mariner - baseada no poema de Samuel Coleridge -, To Tame a Land - da série de ficção científica Duna, de Frank Herbert - e The Trooper - canção baseada no romance The Charge of The Light Brigade. Outros temas bastante recorrentes nas músicas da banda são ocultismo, assassinato e o escuro, por exemplo, nas músicas Murders in the Rue Morgue e Innocent Exile e nas capas dos álbuns Sanctuary, Women in Uniform, Iron Maiden e Bring Your Daughter To The Slaughter.


Origem Londres, Inglaterra
País Reino Unido
Gênero Heavy metal
Período em atividade 1975 - atualmente
Gravadora EMI
Sítio oficial www.ironmaiden.com

Integrantes
Bruce Dickinson
Dave Murray
Adrian Smith
Janick Gers
Steve Harris
Nicko McBrain

Ex-integrantes
Paul Di'Anno,
Terry Rance,
Ron Matthews,
Dennis Wilcock,
Bob Sawyer,
Terry Wapram,
Thunderstick,
Tony Moore,
Doug Sampson,
Tony Parsons,
Dennis Stratton,
Clive Burr,
Paul Todd,
Paul Cairns,
Blaze Bayley

NIRVANA!



No início de 1986 nada poderia supor que o Nirvana chegaria ao lugar que ocupa no patamar dos astros pop. No ano citado, o cenário musical de Seattle ainda não se destacava e a sua única grande contribuição para o mundo do rock havia sido a figura de Jimi Hendrix. Bandas como Melvins, Tad, Mudhoney(que mais tarde viria a dar origem ao Pearl Jam) e Soundgarden eram apenas mais algumas perdidas em meio a centenas de pequenos grupos de uma cidade chuvosa em que cada vez aumentava e, curiosamente, a fama da banda começava a chegar antes dela com a divulgação dos shows e do disco em rádios alternativas. No final da mini turnê, a banda gravou um disco de curta duração chamado Blew, lançado apenas nos Estados Unidos.
Aproveitando um convite da banda revelação de Seattle na época - o Tad, o Nirvana viajou como banda de abertura em uma turnê pela Europa. Em um dos shows o trio conseguiu chamar atenção de um executivo da gravadora Geffen. A história da banda começava a mudar e em pouco tempo surgiu a oportunidade de uma mudança de rumos. Apesar das ligações afetivas com a Sub Pop, era claro que o Nirvana não podia negar um contrato com uma gravadora maior. Além do mais, o preço pago pela Geffen à Sub Pop pela rescisão do contrato do Nirvana era suficiente para tirar a gravadora do buraco.
Pouco antes da gravação do novo disco pela nova gravadora, o baterista Chad Channing foi chutado por diferenças musicais. Em seu lugar entrou Dave Grohl. Com esta formação o trio conquistaria o mundo. Em setembro de 1991, logo após o lançamento de Nevermind, ocorreu muito mais do que o esperado. Do dia para a noite o disco pulou para o topo das paradas, sem divulgação em rádios ou na MTV. A imprensa musical correu atrás do prejuízo e em menos de um mês a banda saiu do anonimato e passou a ter que escolher as entrevistas que iria conceder e os programas TV de que iria participar.
Aconteceu durante o verão daquele ano, quando uma canção chamada "Smells Like Teen Spirit" foi lançada.. A partir do momento em que os riffs recortados e letras furiosas começaram a preencher o ar, ficou muito claro para qualquer um que tivesse orelhas que uma nova era do rock’n’roll havia começado. O hard rock alternativo acabara de chegar e o Nirvana era o seu mensageiro. No som e na atitude o Nirvana era diferente de tudo que a sociedade mainstream do rock jamais tinha escutado. Enquanto eles existiam no rock underground, durante três anos, lançaram dois discos pelo selo independente de Seattle, Sub Pop. Mas, uma vez que assinaram com a gigante Geffen Records parece que o Nirvana instantaneamente acertou o caminho para o mundo mainstream. Sem sacrificar nada do seu charme e som latente, o vocalista e guitarrista Kurt Cobain, o baixista Chris Novoselic e o baterista Dave Grohl se transformaram em um grupo destinado a destruir o status do rock e introduzir as massas apreciadoras deste ritmo em um som cheio de sentimentos, que muito vinha da sensibilidade crua do punk e do tradicionalismo do hard rock.
"Nós vamos para o palco e tocamos", disse Cobain em 1992. "Se estivermos desafinados, está tudo bem. Seu eu não me lembrar das letras, está tudo bem também. As pessoas que vêem ao show parecem gostar dele, não importa o que façamos. Contanto que haja um feeling no lugar, nós estamos felizes."
Às vezes, parecia que o Nirvana tinha inventado o feeling que se tornou "o som do começo dos anos 90". Junto com outras bandas de sua cidade, como Pearl Jam, Soundgarden e Alice In Chains, o Nirvana ajudou a introduzir o que passou a ser popularmente conhecido como Grunge rock Movement – um termo que apenas algumas bandas envolvidas na cena gostavam ou sequer compreendiam. Para o Nirvana, tudo o que eles estavam fazendo era continuar uma nobre tradição do rock underground. A música deles estava baseada em uma energia selvagem trazida por duas gerações de bandas pouco apreciadas como o Black Flag, Melvins e Meat Puppets, todos grupos que influenciaram diretamente o artista que se transformou em compositor, Kurt Cobain. Foi o vocalista predominantemente louro, perpetuamente pálido e magro que se tornou a cara mais reconhecida de toda a cena de Seattle. As fortes paixões que vinham de suas canções, as quais revelavam problemas instalados em sua alma, pareciam falar para uma igualmente problemática geração, da qual muitos estavam procurando por alguém que colocasse todos os seus medos, raivas e frustrações em canções. Em Cobain eles encontraram seu santo patrono.
"Kurt foi uma das pessoas com mais dom que eu já encontrei", Grohl disse. "Desde o momento em que o conheci, que foi depois do Nirvana já estar junto por algum tempo, eu senti que ele era diferente de todo mundo que havia conhecido até então. Mas seus problemas, as coisas que faziam com que as canções tivessem tanto sentimentos, também eram sua destruição. Ele realmente não podia competir com o mundo. O estrelato era a última coisa que ele queria. Eu realmente penso que Kurt teria sido muito mais feliz se ele tivesse feito música sozinho no meio do mato. Ele jamais estaria preparado para dar de cara com o clarão das luzes do holofote público."
De fato, parecia que, assim que o primeiro disco do Nirvana lançado através de uma grande gravadora - Nevermind chegou ao topo das paradas, as história que falavam sobre os problemas de saúde, com drogas e dificuldades emocionais de Kurt começaram a preencher a cena do rock. Chegou a um ponto em que as histórias quase foram esquecidas, como se tivessem sido inventadas pela imaginação superativa de alguns publicitários. Infelizmente, todas aquelas histórias provaram ser verdadeiras. Em 1992, em meio às imensas turnês a devido à falta de tempo para lançar material inédito, a gravadora lança Incesticide, uma coletânea. Em 1993 é lançado In Utero. A banda parecia estar numa encruzilhada. Era praticamente impossível repetir o sucesso de Nevermind. Os fãs antigos abominavam a banda que havia se vendido para mídia, enquanto os fãs novos exigiam bits de sucesso como os de Nevermind, mas mesmo assim a fama do Nirvana continuou subindo como um foguete. Depois veio com o casamento lucrativo de Kurt Cobain com a rainha do rock, Courtney Love, e com suas turnês de ingressos esgotados – a saúde do cantor continuou a deteriorar. Por um lado, seus tão falados problemas serviram para aumentar sua mágica. Ele era o modelo perfeito para os anos 90, uma talentosa e problemática alma vivendo à beira de um desastre pessoal. Faltava só uma coisa para transformar Cobain de ícone cultural para Deus do Rock e, em abril de 1994, esta coisa aconteceu. Ele foi encontrado morto em sua casa de Seattle, vítima de um tiro na cabeça, disparado por ele mesmo. Por mais que tenha tentado evitar e negar isso, Kurt Cobain se tornou o que mais odiava, um ídolo pop. Em suas letras eram descobertos muito mais significados e poesia do que ele próprio supunha. Ele bem que devia se sentir roubado de sua rebeldia, tomada e vendida pela mídia. Durante meses o mundo do rock lamentou. Cobain foi rapidamente aclamado como símbolo de seu tempo e considerado o John Lennon de sua geração. Embora tenha sido um compositor de primeira e um emotivo e poderoso músico, devemos considerar se as contribuíções dadas por Kurt ao mundo do rock serão lembradas mais pelo conteúdo emocional de suas canções do que pelo final sangrento de sua vida. Parece ainda que, sem dúvida, os esforços de Cobain ajudaram a revitalizar o mundo do rock e colocá-lo de volta no caminho certo quando ele mais precisava. Em um tempo no qual todas as bandas pareciam estar se tornando sintéticas, tatuadas, bem ao estilo de L.A, os esforços de Cobain nos ajudaram a lembrar como o rock’n’roll deveria ser. Seus versos introspectivos e muito pessoais convenceram um gasto cenário do rock a acreditar novamente em si mesmo.
Com o Nirvana, o som de Seattle, juntamente com o visual clássico dos jovens da cidade, com bermudas e camisas de flanela, passou a ser moda. Desde os Sex Pistols, o underground não vendia tanto. Aparentemente a banda passava intocada por tudo isso e, apesar de seus integrantes terem se tornado milionários instantâneos, eles continuavam quebrando os mesmos equipamentos baratos em seus shows. O sucesso do Nirvana de imediato ultrapassou a carreira de dezenas de bandas da cidade de Seatle. Embora não houvesse uma identidade musical entre as bandas, durante dois anos foram poucos os novos grupos a explodirem sem usar bermudas e camisas de flanela. Entre outras bandas da geração de Seattle se destacaram Pearl Jam, Soundgarden, Tad, Mudhoney, Prong etc

Red Hot Chili Peppers



A banda estadunidense nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 1983. Três adolescentes: Michael Balzary (Flea), Hillel Slovak e Jack Irons formavam, no colégio, a banda Anthym. Um amigo de Flea, Anthony Kiedis, se une ao grupo, que surge com o nome de “Tony Flow and the Miraculousy Majestic Masters of Mayhem”. Começam, então, a se apresentar em clubes de Los Angeles, já angariando um pequeno grupo de fãs, dentre amigos e conhecidos, que frequentavam assiduamente seus shows. Ao gostar do resultado as primeiras apresentações, resolveram encurtar o nome da banda, por motivos óbvios. Anthony, caminhando em Hollywood, viu o nome “Red Hot Chili Peppers” piscando em um arbusto, que tinha forma de pimenta, e resolver adotar o nome. A banda começou a aumentar as frequências de suas apresentações a partir da entrada do empresário Mark Richardson, conhecido como um “descobridor de talentos”. No verão de 1983, já se apresentavam em bares como o Kit-Kat Club, famoso por seus garçons quase nus. Nesse bar, fizeram a primeira apresentação no estilo “Socks on Cocks”, onde apareceriam apenas com meias sobre os pênis.

O início profissional

Red Hot Chili PeppersEm outubro de 1983, surge o primeiro contrato com uma gravadora, acordo cheio de problemas que acabaram causando o desmantelamento da formação principal. Ficaram apenas Anthony e Flea, que chamaram então o guitarrista Jack Sherman e o baterista Cliff Martinez. O primeiro disco foi chamado de Red Hot Chili Peppers e não agradou a banda. Anthony e Flea alegavam falta de sintonia com os novos membros, mas continuavam tocando, pois a agenda de shows continuava crescendo. Anthony e Flea expulsam Jack Sherman da banda, alegando que o mesmo não possuía técnica suficiente para o lugar (na verdade, os atritos entre Sherman e Anthony foram os grandes responsáveis pela demissão), e Hillel Slovak volta à guitarra. Slovak era um guitarrista israelense extraordinário, dotado de enorme sensibilidade e técnica, além de ser um admirador fervoroso de Jimi Hendrix (uma das metas de Hillel era alcançar os misteriosos ruídos que Jimi fazia em sua guitarra). Mas o guitarrista também era extremamente viciado em heroína, e morreu de overdose com 26 anos, no ano de 1988.
Durante a presença de Hillel na banda, foram gravados os discos Freaky Styley, The Uplift Mofo Party Plan e The Abbey Road E.P., tendo o ultimo apenas cinco músicas, dentre elas um cover de “Fire”, de Jimi Hendrix, com perfeita guitarra executada por Slovak.Após a morte do guitarrista, é chamado para seu lugar um rapaz chamado John Frusciante. O jovem de 19 anos era totalmente aficionado por Hillel, e a semelhança de estilo entre os dois assustava Anthony e Flea, de tanta que era.

Blood Sugar

Red Hot Chili PeppersDepois da gravação do álbum Mother’s Milk, veio o grande Boom da banda. O mega-produtor Rick Rubin assume a parte administrativa, e é gravado o clássico disco Blood Sugar Sex Magik (1991). Hits como “Give it way”, “Under the Bridge” e “Breaking the Girl” estouraram nas radios do mundo inteiro, e a banda passou por um grande periodo de ascensão.
John Frusciante sai da banda em 1992 e volta em 1999, tendo sérios problemas com heroína no período. Enquanto isso, o guitarrista Dave Navarro o substituiu, tendo gravado as guitarras do álbum One Hot Minute (1995). Após a volta de John, Navarro sai da banda e deixa as guitarras da banda nas mãos de seu verdadeiro dono. De lá para cá vieram discos clássicos como Californication (1999), By The Way (2002) e Stadium Arcadium (2006), além do mais recente I’m With You (2011), que já não conta mais com Frusciante na guitarra – o mesmo foi substituído por Josh Klinghoffer, músico cheio de influências e parceiro de John em inúmeros trabalhos solo.

System Of a Down!!!



O System of a Down é uma banda de Metal Alternativo dos Estados Unidos formada em 1995 pelo vocalista Serj Tankian, John Dolmayan (bateria), Daron Malakian (guitarra, vocais) e Shavo Odadjian (baixo). O grupo é conhecido pelas visões políticas e sociais que inserem nas letras de suas canções. Um detalhe interessante na banda é que todos os quatro membros são descendentes de armênios.
Os caras usam uma grande variedade de instrumentos, incluindo guitarra barítona, mandolins elétricos, cítaras, violões de doze cordas entre outros instrumentos asiáticos. Suas principais influências são as bandas mais antigas de rock alternativo, mas eles também foram influenciados pelo heavy metal, punk rock, jazz, fusion, música folk da Armênia, rock, rock clássico, blues e industrial.
O primeiro álbum da banda foi lançado em 1998, se chamava apenas System of a Down e alcançou algum sucesso com o compacto "Sugar" tocando bastante em rádios nos Estados Unidos e ficando cada vez mais famosos no mundo inteiro. A banda excursionou pela América e em 2000 voltou ao estúdio para gravar seu segundo álbum, Toxicity, que viria a ser aclamado pela crítica. O disco estreou em primeiro lugar na parada da Billboard e no Canadá, eventualmente chegando à marca de 5 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Coincidentemente, o álbum estava em primeiro lugar nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001. No mesmo ano várias canções que não entraram no álbum Toxicity vazaram na internet. Algum tempo depois a banda enviou um comunicado dizendo que os fãs estavam ouvindo versões inacabadas das músicas e voltou ao estúdio para regravar tais faixas. O resultado foi o terceiro disco, Steal This Album!, lançado em novembro de 2002. A banda adotou um estilo minimalista na arte do álbum, com o CD com o aspecto de um CD regravável, uma referência aos ataques da RIAA contra a troca de arquivos na internet e a pirataria. Cada um dos quatro membros da banda criou uma capa especial para o disco e 50 mil cópias de cada uma das quatro versões foram colocadas a venda. O nome do álbum é uma referência ao clássico da contracultura Steal This Book, de Abbie Hoffman.
SOAD em concerto musical.
Os compactos "Innervision" e "I-E-A-I-A-I-O" foram lançados como discos promocionais apenas para as rádios e tiveram bastante execução em emissoras alternativas. O vídeo da canção "Boom!" foi dirigido por Michael Moore num protesto contra a Guerra no Iraque, que inclusive tem cenas de passeatas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O clipe foi proibido em muitos lugares do mundo por tirar um sarro do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e do então primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair.
Entre 2004 e 2005 a banda gravou tantas músicas que resolveu lançar dois discos no mesmo ano. No início de 2005 a canção "Cigaro" foi colocada na internet por membros da equipe da banda e causou sensação entre os fãs. O álbum Mezmerize foi lançado nos Estados Unidos e na Europa em 17 de Maio de 2005 e na Austrália em 22 de Maio de 2005.
John Dolmayan
Ele estreou em primeiro lugar nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e em outras partes do mundo, sendo o segundo álbum da banda a chegar ao primeiro lugar das paradas e alcançando 800 mil cópias vendidas no mundo todo logo na primeira semana.
O álbum teve boa recepção dos críticos e o primeiro compacto "B.Y.O.B.", (que significa Bring Your Own Bombs), que questiona a integridade da guerra, chegou ao topo das paradas da Billboard. O compacto seguinte, "Question!", foi lançado com o baixista Shavo Odadjian co-dirigindo o clipe. Após o lançamento de Mezmerize a banda entrou em turnê nos Estados Unidos e Canadá com o The Mars Volta como banda de abertura.
Em setembro de 2005 a banda filmou o vídeo de "Hypnotize" durante um show em Grand Rapids, Michigan. O compacto foi lançado no final do mesmo mês. O vídeo saiu simultaneamente na MTV e no site oficial do SOAD em 1 de Novembro de 2005. Em 22 de Novembro a segunda parte do álbum duplo Mezmerize/Hypnotize, Hypnotize foi lançado. Ele também estreou em primeiro lugar na Billboard Top 200. A banda foi uma das que lideraram o Ozzfest 2006, fazendo dezenas de shows entre os meses de junho-agosto. Anunciaram durante esse período que entrariam em um hiato sem tempo determinado, para que cada membro pudesse cuidar de seus projetos pessoais.
Em 2007, o vocalista da banda Serj Tankian, lançou um álbum solo nomeado Elect the Dead, e o guitarrista Daron Malakian junto com o baterista John Dolmayan lançam um álbum com sua outra banda, o Scars on Broadway.